Nesta entrevista, perguntamos a Ian sobre sua histórica redescoberta de De Angelo Moriondo Patente de 1884, há muito esquecida, nos arquivos de patentes franceses em Paris. E descobrimos o que Ian acredita terem sido os pontos de virada cruciais no desenvolvimento da máquina de café expresso moderna entre a invenção de Moriondo e o lançamento da E61 pela FAEMA, uma máquina que Ian argumenta ter sido a primeira máquina de café expresso de verdade.
Ian Bersten é autor de vários livros sobre café e política. Nascido em 1939, foi um dos primeiros defensores do café artesanal na Austrália, fundando a Belaroma Coffee em Sydney em 1968. Ian passou 37 anos viajando pelo mundo, compilando uma das maiores e mais significativas coleções de cafeteiras e chás do mundo. Sua coleção está em exposição no Coleção e museu antigo de café e chá de Bersten.
Barista Hustle – Você pode nos contar um pouco sobre os eventos que cercaram sua descoberta da famosa patente de Moriondo?
Ian Bersten – Acho que descobri a patente de Moriondo no escritório de patentes de Paris ou Compiègne. Eu estava examinando sistematicamente todas as patentes francesas sobre café, e ela estava entre elas.
BH – Qual é a referência mais antiga à palavra expresso que você conhece? Encontramos evidências do termo café expresso sendo usado já na década de 1860. (Em seu livro Roma e Veneza: com outras andanças pela Itália, em 1866-7, o jornalista George Sala descreve três tipos de bebidas: café expresso, café apposto e café comum.) Você já viu a palavra escrita antes disso?
IB – O primeiro uso da palavra foi em Paris, para cafés feitos um de cada vez, através de um filtro na parte superior da xícara. [Deve] ser do final do século XIX.
BH – Você sabe qual foi a primeira cafeteira a usar eletricidade como fonte de calor?
IB –